Os melhores Vin Santo são levemente adocicado e com alta concentração de álcool, cor amarelo dourado ou âmbar, com aroma muito intenso e persistente de frutos secos, mel e especiarias. Na época da colheita, os agricultores colocam de lado os melhores cachos de uvas (tradicionalmente Malvasia, Trebbiano, San Colombano) para fazê-los murchar. Após um longo período de secagem, as uvas são levemente prensadas e vinificadas. O vinho repousa depois por um longo período, que vai de três a dez anos, sem serem tocados, em barris de madeiras especiais.

A qualidade deste vinho depende de muitos fatores: do tipo de uva, do tempo de secagem, da fermentação e do tempo de envelhecimento.



Características do Vin Santo del Chianti

Uvas Utilizadas: Trebbiano Toscano e/ou Malvasia (70-100%).
Vinho doce com cor variando de amarelo claro a dourado. Aroma intenso.
Sabor doce, aveludado e equilibrado.
Apresentar teor alcoólico alto (mínimo 15,5 %).
Pode ser consumido após longo envelhecimento.

Segue o esquema do processo de produção:



Saiba Mais

Há várias hipóteses a respeito da origem do Vin Santo. Uma refere-se a um frade que distribuía este tipo de vinho aos doentes com efeitos terapêuticos positivos. O vinho ficou então conhecido como Vin Santo pelo poder de cura. Outra relaciona o ciclo de produção do vinho com o calendário de festas religiosas. O início da fermentação com o dia de todos os santos e o seu final com o dia de Natal.

Existem vários tipos de Vin Santo. Os mais prestigiados são: Vin Santo del Chianti e suas subzonas: Colli Aretini, Colli Fiorentini, Colli Sebesi, Colline Pisane, Montalbano, Montespertoli, Rufina, Vin Santo del Chianti Clássico e Vin Santo de Montepulciano.

Autora: Adriana Grasso
Contato: adriana.grasso@uol.com.br

O que é um Vinho Biodinâmico?



A produção de Vinhos Biodinâmicos é uma prática que possui poucos adeptos, em sua maioria, na França. Ela teve maior impulso e divulgação a partir dos anos 80.
A biodinâmica gera vinho sem tratamento químico, sem correção, retoques, filtragem e sem possibilidade para remediar algum possível erro cometido durante o cultivo das uvas. É o puro reflexo dos ventos, das chuvas, do solo e do sol sobre os vinhedos. Muitos dizem que é o caminho mais puro para expressar um terroir(*).

Os princípios da biodinâmica têm suas raízes em uma série de conferências realizadas pelo filósofo e cientista austríaco Rudolf Steiner, em 1924, intituladas "Fundamentos Espirituais para a Revolução da Agricultura", que pregavam a necessidade de unir o mundo da ciência, com o material e o espiritual, através de métodos filosóficos.

A moderna prática da biodinâmica foi inspirada nas teorias de Steiner, mas é importante ressaltar que um grande número de produtores adeptos da biodinâmica não gostam de serem associados às opiniões e aos ensinamentos de Steiner....

A chave para biodinâmica está em considerar a propriedade agrícola, em sua totalidade, como um sistema vivo e auto-sustentável. Ela também utiliza como parâmetro, ritmos lunares e cósmicos. No lugar de fertilizantes ou pesticidas sintéticos utiliza-se uma série de produtos orgânicos especiais para melhorar a vida do solo, que são aplicados no momento adequado, de acordo com os ritmos da natureza. Qualquer problema, ou doença que ocorra nas plantações não são avaliados isoladamente. Toda a propriedade é analisada para diagnosticar o que está gerando este desequilíbrio.

Os agricultores adeptos da biodinâmica, geralmente, adaptam as técnicas desta metodologia de acordo com as necessidades de suas propriedades e garantem que conseguem bons resultados.

Um dos pontos mais importantes é a existência de um solo equilibrado com uma população de microorganismos saudáveis.

Um dos órgãos internacionais que regulamentam a agricultura biodinâmica é o Demeter. Ele possui subsidiárias em 43 países. Além de ditar suas normas, o Demeter tem como função fazer com que os consumidores entendam o significado deste tipo de agricultura e mostrar que suas regras são mais rigorosas que as da agricultura biológica.

O interesse pela agricultura biodinâmica está crescendo, especialmente entre os viticultores. As inscrições de produtores de vinhos no Deméter triplicaram nos últimos cinco anos, de acordo com Elisabeth Candelario, diretora de marketing de Deméter EUA.

(*) Terroir: uma palavra muito difícil de traduzir pois possui vários significados. Ela engloba todo ambiente natural em que algo está crescendo. Isso inclui aspectos climáticos como, variação de temperatura durante o ano, quantidade de sol, índice pluviométrico, vento e outras condições naturais que possam ocorrer como geadas, chuvas de granizo. Ela também se referencia a variedade de uva plantada, ao solo e subsolo dos vinhedos, incluindo seu conteúdo mineral, sua fertilidade, drenagem. A localização geográfica do terreno também é muito importante: sua inclinação, altitude, proximidade de rios.

Saiba Mais

A biodinâmica tem algumas práticas que fogem do tradicional como: o uso de chás no terreno para equilibrar carências minerais; chifre de boi com cristais de quartzo moído enterrado em determinadas épocas para manter a energia do solo; uso de esterco de diferentes animais, uma vez que os que comem raízes produzem melhor adubo para as plantas; colheita, vinificação e engarrafamento baseados nas fases da lua; aragem por tração animal; colheita manual. Devido a algumas dessas práticas, seus adeptos, muitas vezes, são considerados pessoas exotéricas e esquisitas...

Dentre os adeptos da biodinâmica estão grandes nomes como: Lalou Bize-Leroy, co-proprietária do Domaine de la Romanée-Conti e dona do seu próprio Domaine Leroy, Michel Chapoutier, proprietário de extensos e importantes vinhedos no Rhône e na Provença e Álvaro Palácios, na Espanha. Pelos resultados que eles obtêm usando a agricultura biodinâmica nas propriedades que produzem seus famosos vinhos, não se pode considerá-los tão estranhos assim...

Atualmente, até os críticos mais céticos acabam concordando que os vinhos biodinâmicos costumam ser melhores que os da vinicultura tradicional. Eles parecem ter mais presença, mais intensidade e mais energia!

Link
Demeter: www.demeter.net

Autora: Adriana Grasso
Contato: adriana.grasso@uol.com.br

O que é um Vinho Orgânico?



Segundo a regulamentação americana chamada NOP (National Organic Program), a definição técnica de um vinho orgânico é "vinho feito de uvas cultivadas organicamente e sem adição de sulfitos", isto é, um vinho feito a partir de uvas de produção biológica certificada, cultivadas sem pesticidas, herbicidas e fertilizantes químicos, e que não pode receber anidrido sulfuroso, ou outro tipo de sulfito, geralmente adicionados no final, para garantir maior tempo de vida para a bebida.

A idéia do vinho orgânico é que a não utilização de produtos químicos é melhor para o nosso planeta e também para as pessoas que consumem a bebida.

Esta preocupação é muito importante, pois, depois da Segunda Guerra Mundial, produtos químicos passaram a ser utilizados nos vinhedos em grande escala para aumentar a quantidade de vinhos produzidos.

Vários estudos relatam o efeito nocivo da utilização de produtos químicos no solo, no vinho, no ar, na água e em quem consome. Pesticidas e fungicidas também danificam a videira e seus frutos.

A produção orgânica busca o equilíbrio, isto é, um solo balanceado e fértil. Os fertilizantes químicos tiram do solo os minerais essenciais para a sua saúde, necessitando, portanto, da utilização cada vez maior de insumos artificiais para restaurar o que foi perdido, sem nunca encontrar o equilíbrio natural de novo.
A produção orgânica é mais trabalhosa, ela precisa de cuidados constantes e, geralmente, tudo é feito manualmente. Os custos aumentam em média 20% e o rendimento do vinhedo é menor.

Uma pergunta que ocorre naturalmente é: Por que tomar vinhos orgânicos?

Os vinhedos orgânicos têm mais resistência natural e tendem a obter melhores resultados, mesmo em safras ruins. A colheita manual também ajuda, permitindo a seleção dos cachos. Usando uvas de qualidade, a chance de obter um vinho melhor sempre é maior. O aroma e o sabor dos vinhos biológicos são, geralmente, acima da média. Produtores de vinhos famosos, como o Romanée-Conti, usam estas técnicas em seus vinhedos há décadas. Escolhendo vinhos produzidos a partir de práticas menos nocivas à natureza, o consumidor força outros produtores a seguirem o mesmo caminho e todos ganham com isso.

Importante

Muitos produtores de vinho trabalham com vinhedos orgânicos, mas ainda não conseguiram abolir por completo a adição de sulfito, permitido por lei, nos Estados Unidos, por exemplo, na quantidade máxima de 100 ppm. Desta forma, seus vinhos só podem ser rotulados como feitos de uvas orgânicas. Eles, pela lei americana, não podem chamar seus vinhos de orgânicos até abolirem por completo a utilização do sulfito.

Cada país possui uma regulamentação quanto a vinhos orgânicos. Vale a pena se informar para saber o que realmente está sendo consumido.

Autora: Adriana Grasso
Contato: adriana.grasso@uol.com.br



A garrafa "Titulus" Fazi Battaglia foi selecionada para a mostra "Disegno e Design - Brevetti e Creatività Italiani" que acontece de 04 novembro de 2009 a 31 janeiro de 2010, em Roma, no "Museo dell’Ara Pacis" sob responsabilidade da "Fondazione Valore Italia".

Esta exposição percorre um século de inovações do design italiano.

Estão presentes na mostra, todos os grandes produtores italianos que fizeram a história do design e que ainda representam o melhor da Itália.

A garrafa "Titulus" foi reconhecida como modelo de uma linha de desenhos e de uma tecnologia capaz de resistir ao tempo e continuar a inspirar novas criações.

Sua forma de ânfora, que lembra os recipientes utilizados pelos etruscos, foi um projeto do arquiteto Antonio Maiocchi, vencedor de um concurso instituído pela vinícola Fazi Battaglia em 1953.

Galeria de Fotos da Exposição



Links
Fazzi Battaglia: http://www.fazibattaglia.it/
Disegno e Design Italiano: http://www.disegnoedesign.it/

Autora: Adriana Grasso
Contato: adriana.grasso@uol.com.br

É um vinho muito consumido no cotidiano do Italiano (principalmente do piemontês). Ele deve ser servido acompanhado com comida. Possui alto teor de acidez e é extremamente frutado. Pode variar muito dependendo do tipo de vinificação empregada e se passou por processo de envelhecimento.

Adoro servir os vinhos mais jovens com pizzas e massas. Os encorpados ficam melhores quando acompanhados com pratos mais condimentados (pesados) e queijos picantes.

A produção de vinhos derivado da Uva Barbera cobre praticamente, todas as áres da Região do Piemonte.

Segue a lista de algumas denominações regulamentadas pela legislação italiana que usam um percentual de Uva Barbera na produção de seus vinhos:
















Autora: Adriana Grasso
Contato: adriana.grasso@uol.com.br

Grand Cru d’Italia

Primeira seleção de vinhos italianos direcionada para colecionadores e investidores sob responsabilidade da casa especializada em leilões de vinhos, Gelardini & Romani, que há ano promove grandes leilões de vinhos em todo o mundo.



Esta é uma ótima maneira de comprar vinhos que alcançarão grande valor de venda no mercado, por serem de safras especiais, antes que estejam disponíveis no comércio para venda. Para este evento foram selecionados os seguintes vinhos italianos:

TOSCANA

Super Tuscanos
Oreno, Sette Ponti, 2007 – Data de Entrega: 12/2009
Le Pergole Torte, Montevertine, 2007 – Entrega: 06/2010
Tignanello, Antinori, 2007 – Data de Entrega: 06/2010
Apparita, Castello di Ama, 2007 – Entrega: 10/2010
Ornellaia, Tenuta dell’Ornellaia, 2007 – Entrega: 06/2010
Sassicaia, M.si Incisa della Rocchetta, 2007 – Entrega: 06/2010
Redigaffi, Tua Rita, 2008 – Data de Entrega: 10/2010
Messorio, Le Macchiole, 2007 – Data de Entrega: 10/2010
Solaia, Antinori, 2007 – Data de Entrega: 10/2010
Masseto, Tenuta dell’Ornellaia, 2007 – Data de Entrega: 10/2010

Brunello di Montalcino Riserva
Madonna del Piano, Valdicava, 2004 – Data de Entrega: 06/2010
Biondi Santi, 2004 – Data de Entrega: 06/2010

Vin Santo
Occhio di Pernice, Avignonesi, 1998 – Data de Entrega: 10/2010

VENETO

Amarone Riserva
Romano Dal Forno, 2004 – Data de Entrega: 10/2010

PIEMONTE

Barbaresco
Gaja, 2007 – Data de Entrega: 06/2010

Barbaresco Riserva
Santo Stefano, B. Giacosa, 2007 – Data de Entrega: 06/2010
Asili, B. Giacosa, 2007 – Data de Entrega: 06/2010

Barolo
Cannubi Boschis, Sandrone, 2006 – Data de Entrega: 10/2010
Vigneto Arborina, E. Altare, 2007 – Data de Entrega: 10/2011
Sperss, Gaja, 2006 – Data de Entrega: 06/2010

Barolo Riserva
Granbussia, A. Conterno, 2005 – Data de Entrega: 10/2012
Le Rocche del Falletto, B. Giacosa, 2004 – Entrega: 06/2010

Além dos vinhos italianos, serão leiloados Grand Cru e 1er Cru da região francesa de Bordeuax da safra de 2008.

O catálogo completo dos lotes de vinhos deste leilão está disponível no site: (http://www.grwineauction.com/).

Local
O evento ocorrerá dia 20 de novembro de 2009, com início às 19h, em Roma, na Itália, na Villa Aurelia.



Villa Aurelia
Largo di Porta San Pancrazio, 1
00153 Roma, Italia
Tel: +39 06 5846620/3
http://www.villaaurelia.org/

Autora: Adriana Grasso
Contato: adriana.grasso@uol.com.br

Programa VINHOS de 09/11/09

O tema do Programa Vinhos, que apresentei na allTV no dia 09/11/09, foi sobre o Beaujolais Nouveau e o Vinho Novello:



No bloco sobre Enoturismo, falei sobre a Região de Beaujolais, na França:



Beaujolais fica entre Borgonha e Cotes du Rhône. Trata-se de um percurso gastronômico que atravessa 12 regiões produtoras de vinho. Não é necessário gostar de vinho para visitar o local, pois a região é repleta de castelos, beleza física, cidades medievais e artesanato e possui uma gastronomia muito rica, além de muitos outros atrativos.
Em todo o mundo, esta pequena área francesa ficou famosa pela produção do Beaujolais Nouveau, vinho lançado com hora marcada, sempre em novembro, e para ser consumido de imediato.

Como chegar:

De avião até Paris e de carro até lá ou de avião de Paris a Lyon e depois de carro para Beaujolais.

Opções de acomodação:

São três as possibilidades de hospedagem na região: gîte, chambre d’hôtes e hotéis.
A expressão chambre d’hôtes significa, ao pé da letra, quarto de hóspedes: é um quarto com café da manhã numa casa de família por um preço bem em conta.
Os hotéis são poucos e caros e uma das melhores opções é o Château de Bagnols, um castelo do século XVIII que ainda conserva muitas de suas características originais. As tarifas variam entre 565 e 885 euros por noite em apartamento.
A terceira e última forma é o gîte, uma casa rural bem simples e confortável, com o menor preço dos três mas, certamente, a opção mais trabalhosa. Lá você arruma cama, lava pratos e faz outros afazeres domésticos.

O que esperar da região:

Formada por centenas de pequenos vilarejos compostos por uma igreja, um jardim e um pequeno centro comercial.
As maiores cidades são Beaujeu, capital histórica da região, e Viellefranche-sur-Saône, atual capital do distrito, com igual charme e encanto das outras.
Há quem diga que o lugar é o mais representativo da Velha França, com a vida simples do campo, a existência de excelentes vinhos e uma adorável gastronomia regional.

Depois, falei sobre a uva predominante em todo o território: a Gamay:



Ela reina no solo de argila arenoso da região e foi lá que ela encontrou o terroir perfeito para produzir um vinho fresco, vivaz, frutado e leve. A videira de Gamay tem uma vida muito longa, passando, normalmente, de 70 anos.

Os melhores vinhos saem geralmente do Haut Beaujolais. Nesta área se encontram demarcados 38 lugares que podem usar a denominação Beaujolais-Villages; seus vinhedos se encontram acima de 450 metros.

Perto desta região existem dez áreas especiais que podem usar seus próprios nomes nos rótulos - eles produzem os Beaujolais Cru.

Cada Cru tem uma característica distinta que os produtores exploram e expressam com o máximo de vigor que se permite. São eles:

Brouilly – o maior em termos de produção, com qualidade muito variada
Chénas – um pouco mais concentrados
Chiroubles – delicado, aromático e muito agradável
Côte de Brouilly – um pouco mais complexo e concentrado que o Brouilly
Fleurie – de médio corpo e aveludado
Juliénas – considerado por muitos o mais consistente e o melhor dos crus, pois produz vinhos ricos e encorpados
Morgon – em boas safras, é pleno e terroso
Régnié – são as aldeias mais recentes, de qualidade variada
Saint-Amour – suave, leve e de corpo médio, muito utilizado como presente no Dia dos Namorados

Falei também sobre as particularidades do Boujolais Nouveau. É um vinho com uma sazonalidade muito marcante, conhecido como “Sabor do Início do Outono”.

Um grande cuidado deve ser tomado para não fazer confusão: VINHO NOUVEAU NÃO É SIMPLESMENTE VINHO NOVO.

O Nouveau foi inventado quase por acaso, na França, em 1934, quando pesquisadores do Setor Agrícola estudavam uma forma de conservar os cachos de uvas frescas por um longo período de tempo. Entre os vários experimentos, havia um que deixava as uvas armazenadas em câmeras de dióxido de carbono. Depois de algum tempo, os grãos de uva ficavam com um gosto frisante e agradável, mas não podiam mais ser comercializadas como uvas frescas. Eles decidiram, então, espremer as uvas e produzir um vinho. Os primeiros produtores que vinificaram este vinho eram da região de Beaujolais, e foi ela que deu o nome à criação.

As características do Beaujolais Nouveau são: vinho fácil de beber, com pouco tanino, baixa acidez, baixo teor alcoólico e aroma bastante frutado.
Todo ano, na terceira quinta-feira do mês de novembro, a nova safra de Beaujolais Nouveau é lançada em todo o mundo com uma grande festa:



É normal encontrar cartazes na França e em outras partes do mundo com a frase "Le Beaujolais Nouveau est arrivé" ou "Le Nouveau est arrivé", que significa "O Beaujolais Nouveau chegou". Em várias cidades da França, pessoas esperam pela hora de saborear a taça do vinho que representa a nova colheita!

Depois falei sobre a versão italiana - o Vinho Novello - e as principais diferenças entre os dois.

Expliquei também a Maceração Carbônica, utilizada na produção destes vinhos:



Utilizei umas cubas para ilustrar a diferenças da Maceração dos vinhos tintos tradicionais e do Novello e do Nouveau:

Hora da Dica

O tema foi sobre a hora certa de consumir os vinhos que foram tema do Programa.

O Beaujolais Nouveau ou o Novello Italiano, produzidos por Maceração Carbônica, devem ser consumidos ainda jovens, no máximo, em até um ano da data da colheita.

O Boujolais Simples, que não é Nouveau e nem Village, deve ser consumido em um ano de safra. Já o Village pode ser consumido em até dois anos de safra.

Entre os Crus da Região podemos dividí-los em:

Os mais leves podem ser consumidos em até três anos de safra. São eles: Brouilly, Chiroubles, Côte de Brouilly, Régnié e o Saint-Amour.

Os de média estrutura podem ser consumidos em até quatro anos de safra. São eles: Chénas e Fleurie.

Os mais estruturados, Juliénas e Morgon, podem ser consumidos de cinco a sete anos de safra.

Harmonização

Os Boujolais mais leves vão bem com aves e pratos leves; já os mais estruturados vão bem com carne vermelha, guisados e queijos. No caso do Beaujolais Nouveau, o que vale é o espírito: beber um vinho despretensioso e descontraído. Por isso ele pode acompanhar qualquer tipo de prato salgado.

Quanto ao Novello Italiano, geralmente, ele deve ser acompanhado por pratos típicos de Outono, principalmente aqueles à base de castanha. Ele também pode ser servido com pizzas e pratos picantes.

Os guias especializados em harmonização recomendam a utilização do Novello ou Nouveau com sanduíches, pizzas, massas, sushi e pratos condimentados.

Saiba Mais

Eu apresento, ao vivo, o Programa Vinhos, na allTV, todas as segundas-feiras, das 11h às 12h.

Este episódio está disponível no OnDemand da allTV ou no Vimeo (http://www.vimeo.com/7519247)

Link
allTV: http://www.alltv.com.br/

Autora: Adriana Grasso
Contato: adriana.grasso@uol.com.br

Desde o dia 06 de novembro de 2009, o Vinho Novello 2009 está à venda em toda a Itália:



A produção deste ano ficou 4% abaixo da do ano passado. Serão colocadas no mercado 9.163.455 garrafas de Novello, preparadas por 236 produtores da Itália.

O Novello é um vinho com uma sazonalidade muito marcante - é conhecido como o “Sabor do Início do Outono”.

Um grande cuidado deve ser tomado para não fazer confusão: VINHO NOVELLO NÃO É VINHO NOVO - ele nasce de forma diferenciada...

O vinho Novello, da forma como é conhecido hoje, foi inventado quase por acaso, na França. Em 1934, pesquisadores do Setor Agrícola estavam estudando uma forma de conservar os cachos de uvas frescas por um longo período de tempo. Entre os vários experimentos, havia um que deixava os cachos de uva sob uma camada de dióxido de carbono (gelo seco). Depois de algum tempo, os grãos de uva ficavam com um gosto frisante e agradável, mas não podiam mais ser comercializadas como uvas frescas.
Eles decidiram, então, espremer as uvas e produzir um vinho.
Os primeiros produtores que vinificaram este tipo de vinho eram da região de Beaujolais, na França, e foi ela que deu o nome ao vinho recém-criado.

As principais características do Nouveau e do Novello são: vinho fácil de beber, pouco tanino, baixo teor alcoólico e aroma bastante frutado.

Na Itália, este tipo de vinificação foi introduzido em 1975, na Toscana, por Giacommo Tachis, enólogo da Vinícola Marchesi di Antinori.

Diferenças entre Beaujolais Nouveau e Novello Italiano

Na Enologia Italiana, os Novellos podem ser produzidos em todo o País, usando diferentes tipos de uva, que oferecem ao consumidor vinhos um pouco diferentes em características organolépticas. As uvas mais utilizadas são: Aglianico, Cannonau, Barbera, Merlot, Nero D’Avola, Corvina, Refosco, Cabernet Sauvignon e Sangiovese.
A lei que regulamenta este tipo de vinho na Itália, datada de 06 de outubro de 1989, obriga que, no mínimo, 30% do vinho seja feito com a técnica de Maceração Carbônica na uva inteira.

No caso do Nouveau, a zona de produção é restrita à região de Beaujolais e a uva utilizada deve ser a Gamay.

Devido às suas características, este tipo de vinho deve ser consumido entre seis meses e um ano.

Saiba Mais
Para mais informações sobre o processo de Maceração Carbônica, veja a postagem publicada no dia 06 de novembro de 2009 deste Blog, sob o título Vinho Novello e o Processo de Maceração Carbônica, (http://vinhositalianos.blogspot.com/2009/11/vinho-novello-e-o-processo-de-maceracao.html).

Autora: Adriana Grasso
Contato: adriana.grasso@uol.com.br

O vinho Rosso Torgiano Riserva é produzido na zona em torno à cidade de Torgiano, na Província de Perugia. O nome Torgiano deriva da contração de "Torre di Giano”, uma torre que ainda domina a paisagem da região e faz parte das ruínas de um castelo medieval. O cultivo de uva nesta área é muito remoto e vem, pelo menos, da época dos etruscos.
Outro fato importante é que o Rosso Torgiano Riserva foi o primeiro vinho da Umbria a conseguir regulamentação DOCG:



Características
Uvas utilizadas: Sangiovese (de 70 a 100%) e outras uvas da região (de zero a 30%)
Vinho tinto cor vermelho rubi. Aroma vinoso e delicado.
O sabor é seco, harmonioso e equilibrado.
Apresenta teor alcoólico mínimo de 12,5%.
O vinho passa por um período de envelhecimento obrigatório antes de ser colocado à venda – são, no mínimo, três anos, e pelo menos seis na garrafa.
O Torgiano Riserva pode ser consumido, preferencialmente, em até oito anos da safra.

Saiba Mais
Nesta região, além do Rosso Riserva, também são produzidos:
Bianco de Torgiano, com uvas Trebbiano (de 50 a 70%), Grechetto (de 15 a 40%) e outras uvas brancas (de zero a 15%).
Chardonnay di Torgiano, com uvas Chardonnay (mínimo 85%) e outras uvas brancas (de zero a 15%).
Pinot Grigio di Torgiano, com uvas Pinot Grigio (mínimo 85%) e outras uvas brancas (de zero a 15%).
Riesling Italico di Torgiano, com uvas Riesling (mínimo 85%) e outras uvas brancas (de zero a 15%).
Torgiano Spumante, produzido com o método clássico e segunda fermentação na garrafa, à base de uva Chardonnay (de 40 a 50%), Pinot Nero (de 40 a 50%) e outras uvas brancas (de zero a 15%).
Rosato di Torgiano, com uvas Sangiovese (mínimo 50%), Canaiolo (de 15 a 30%), Trebbiano (de zero a 10%) e outras uvas tintas (de zero a 15%).
Rosso di Torgiano, com uvas Sangiovese (mínimo 50%), Canaiolo (de 15 a 30%), Trebbiano (de zero a 10%) e outras uvas tintas (de zero a 15%).
Cabernet Sauvignon di Torgiano, com uvas Cabernet Sauvignon (mínimo 85%) e outras uvas tintas (de zero a 15%).
Pinot Nero di Torgiano, com uvas Pinot Nero (mínimo 85%) e outras uvas tintas (de zero a 15%).
Estes vinhos possuem regulamentação DOC desde 1968.

Mosaico de Fotos da Região



Autora: Adriana Grasso
Contato: adriana.grasso@uol.com.br

A Maceração Carbônica consiste num processo em que os cachos de uvas inteiros são colocados dentro de uma cuba vedada e saturada de anidrido carbônico. Esta operação induz os levedos presentes na casca dos grãos de uva a penetrar no grão em busca de água e oxigênio, iniciando, assim, um processo de fermentação intracelular.

Depois de um intervalo de tempo, as uvas que passaram por este processo são prensadas. Elas geram um suco parcialmente doce que acabará seu processo de fermentação (transformação de açúcar em álcool) pela ação dos levedos noutra cuba.
O resultado é um vinho frutado e fresco, com um volume alcoólico mínimo de 11% e pouco tanino e residual de açúcar (menos de 10 g/l).

No vinho Novello, os aromas secundários, resultado da técnica de vinificação utilizada, se sobressaem aos aromas primários, relativos ao tipo de uva utilizada.

O tempo de produção é muito rápido e o vinho Novello pode ser comercializado pouco depois da colheita das uvas, o que não quer dizer que ele seja simples de produzir.

Não é fácil obter todas as características desejadas para este tipo de vinho, uma vez que ele deve ser leve e frutado, de cor não muito clara e nem muito escura, que não seja pobre em estrutura e que represente a primeira taça de vinho de uma nova colheita!

Segue o esquema do processo de produção de vinhos Novello e Nouveau:



Para facilitar a análise das diferenças, segue abaixo o processo de produção tradicional dos vinhos tintos:



Autora: Adriana Grasso
Contato: adriana.grasso@uol.com.br



Segunda-feira (02/11/09), o Programa Vinhos que apresento na allTV, foi especial e teve duas horas de duração, das 10h às 12h. Como era feriado, escolhi para o tema Enoturismo.
O primeiro lugar que mostrei foi o Vale dos Vinhedos, no Rio Grande do Sul:



Vale dos Vinhedos é uma região da Serra Gaúcha que fica entre os municípios de Bento Gonçalves, Garibaldi e Monte Belo do Sul. É ali que se concentra a maior produção de vinhos finos do Brasil.
Pela sua proximidade com Porto Alegre, pela sua cultura, pela sua história e pelo seu charme, com bons hotéis, pousadas e restaurantes, o Vale é um dos melhores destinos para Enoturismo no Brasil!
Várias vinícolas fazem visitas guiadas com degustação e venda dos produtos.
Existem boas opções para Enoturismo no Vale dos Vinhedos e arredores, como o Caminhos de Pedra, que procura resgatar a herança cultural dos colonos italianos, o roteiro dos Vinhos de Montanha, que inclui, entre outras, a Vinícola Aurora, e as Visitas Guiadas à Chandon, que fazem parte da Rota dos Espumantes.

Em seguida mostrei as opções de Turismo do Vinho na Região de Mendoza na Argentina:



A Argentina é o maior produtor de vinhos da América do Sul e também possui um alto consumo per capita (30 litros por ano).
A Argentina iniciou seu cultivo de uva no século XVI impulsionado pelos espanhóis, mas no país encontra-se uma grande variedade de uvas trazidas por imigrantes de outros países.
Sua fama vem, principalmente, dos vinhos produzidos pela Uva Malbec, que, possivelmente, encontrou seu terroir perfeito nas vinhas quentes e secas de Mendoza, a maior região vinícola da Argentina.
Os investidores estrangeiros estão presentes em várias vinícolas argentinas e ajudaram a impulsionar a exportação de vinhos para o resto do mundo.
Mostrei vídeos com visitas à Bodega Septima, Lagarde, Bodega Lopez e à Vina El Cerno, além de alguns pontos turísticos da região de Mendoza.

Saindo da Argentina, mostrei a Quinta do Portal, em Portugal, que está na lista dos dez melhores lugares destinos para Enoturismo da revista Forbes:



A Quinta do Portal é uma casa portuguesa, familiar e independente que abraçou com toda a paixão o conceito de "Boutique Winery", se dedicando à produção de vinhos DOC Douro, Vinhos do Porto de categorias especiais e Moscatel. A Quinta do Portal fica situada no Vale do Rio Pinhão, na estrada que liga Sabrosa ao Pinhão, a cerca de uma hora e meia de viagem desde o Porto. No Centro de Visitas, é possível adquirir vinhos, fazer degustações, evisitar as caves e o Centro de Vinificação... Ao mesmo tempo, é possível desfrutar as magníficas paisagens de vinhas do Vale do Pinhão.

Da Espanha, escolhi um vídeo da Ciudad del Vino, na Região de Rioja:



A Cidade do Vinho é um complexo composto pela antiga bodega, assim como um novo edifício desenhado pelo arquiteto canadense Frank O. Gehry. Nela se encontra um hotel, um spa de vinhoterapia, um restaurante e um centro de reuniões e convenções. É um château do século XXI, onde se pode desfrutar das diferentes experiências que o vinho oferece.

No Programa, também mostrei vídeos e dei sugestões de Enoturismo no Chile, Região de Conguaga e na Itália, Região da Toscana, do Alto Adige e do Piemonte.

Hora da Dica
Na dica do Programa, passei a lista publicada neste ano pela revista Forbes com os dez melhores lugares do mundo para Enoturismo:
1. Castello Banfi, Toscana (Itália)
2. Montes, Colchagua Valley (Chile)
3. Ken Forrester, Stellenbosch (Africa do Sul)
4. Fournier, Mendoza (Argentina)
5. Leeuwin Estate, Margaret River (Austrália)
6. Felton Road, Central Otago (Nova Zelandia)
7. Bodegas Ysios, Rioja (Espanha)
8. Quinta do Portal, Duero (Portugal)
9. Château Lynch-Bages, Bordeaux (França)
10. Peter Jakob Kuhn Oestrich, Rhein/Mosel (Alemanha)

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Eu apresento, ao vivo, o Programa Vinhos, na allTV, todas as segundas-feiras, das 11h às 12h.

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Autora: Adriana Grasso
Contato: adriana.grasso@uol.com.br

Tipos de Tartufo

Tartufo Bianco, nome científico tuber magnatum pico:



Conhecido também como Tartufo d 'Alba ou do Piemonte, pois cresce em abundância nesta região (Langhe e Monferrato). Pode ser encontrado em quantidades reduzidas em algumas áreas da Itália Central e no Sul da França. O Tartufo Bianco tem um aspecto globoso, com depressões numerosas e é muito irregular. Apesar desta característica, sua superfície externa é lisa e ligeiramente aveludada. Sua cor varia entre o ocre pálido e o creme escuro: em alguns casos, adquire colorações esverdeadas. O interior pode ser branco ou amarelo cinzento com alguns filetes brancos. Seu perfume é agradavelmente aromático e diferente de toda a espécie restante. Vive em simbiose com carvalhos e outras árvores da região e, muito raramente, se encontra perto de outro tipo de tartufo. O Tartufo Bianco precisa, para nascer e crescer, de terras particulares e de certas circunstâncias climáticas: a terra deve ser macia e úmida durante grande parte do ano e deve ser rica em cálcio e com boa circulação de ar. Todas estas características fazem do tartufo bianco o mais raro, precioso e procurado tartufo. É colhido de setembro a dezembro.

Tartufo Nero, nome científico tuber melanosporum vitt:



Conhecido também como Tartufo di Norcia, di Spoleto ou Truffe de Perigord. Há um aspecto homogêneo com verrugas em forma de polígonos. Sua cor externa é escura, mas o interior é claro e seu perfume é intenso e aromático. Cresce em colinas e montanhas em simbiose com árvores de nozes e avelãs. Depois do Tartufo Bianco, é considerado o mais precioso em nível comercial. O período de colheita é de dezembro a março.

Tartufo Bianchetto, nome científico tuber borchii vitt:



É um tartufo muito procurado na Toscana, Emilia-Romagna e em Marche, mesmo tendo um valor comercial muito inferior ao Tartufo Bianco. Pode ser confundido com ele porque possui as mesmas características de irregularidade e cor mas, quando maduro, se torna mais escuro e mais fácil de ser reconhecido. Por fora, passa de uma coloração clara durante o crescimento e escurece à medida que amadurece. O aroma é a característica que o melhor diferencia do Bianco, pois é nauseante. Cresce em terrenos calcários dos bosques. O período de colheita é de janeiro a março.

Tartufo Nero Invernale, nome científico tuber brumale vitt:



Pode ser confundido com o Tartufo Nero porque divide o mesmo habitat e o mesmo tipo de plantas para simbiose. Sua superfície é cheia de verrugas e possui cor escura e perfume de noz moscada. Cresce durante o Inverno e em climas temperados. Seu valor comercial é cerca de metade do Tartufo Nero.

Tartufo Estivo ou Scorzone, nome científico tuber aestivum vitt:



Pode chegar a dimensões incríveis e é muito similar ao Tartufo Nero. Sua superfície possui verrugas piramidais e cor escura. O perfume é aromático e intenso. Distingue-se do Tartufo Nero porque seu interior não escurece com a maturação, mas assume uma coloração amarelo escura. Cresce em terrenos arenosos e argilosos em bosques. É muito apreciado e usado na produção de molhos. O período da colheita é de maio a dezembro.

Autora: Adriana Grasso
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Sobre o Tartufo

Rei da culinária e do gosto, o Tartufo é um fungo subterrâneo com forma de tubérculo constituído de uma massa carnosa. Vários são os tipos de Tartufo: Tartufo Bianco, Tartufo Nero, Bianchetto, Scorzone e Tartufo Invernale. O Tartufo nasce e cresce nas proximidades das raízes das árvores e pode ser considerado um parasita. Vive em simbiose com a planta que o acomoda; sua cor, seu perfume e seu sabor dependem diretamente do tipo de árvore onde ele nasce e cresce.
A colheita é feita com ajuda de um cão farejador, treinado especialmente para encontrar tartufos.

O Tartufo é conhecido desde o fim da antiguidade, tanto que aparece citado em textos da Babilônia do século XVII a.C. e em textos gregos e romanos. No começo do século XVIII, ele era famoso em todas as cortes européias e foi usado como presente diplomático dos turineses. Retornando aos dias de hoje, não podemos deixar de mencionar Giacomo Morra, cidadão de Alba - a ele se deve o nome "Tartufo d’Alba", e foi dele a idéia de presentear a atriz Rita Haywort, em 1949, com o maior tartufo coletado durante aquele ano. Desde aquela data, grandes personalidades mundiais são presenteadas com os maiores tartufos brancos encontrados no Vale do Langhe, o que fez com que o Tartufo Bianco d’Alba ficasse conhecido em nível mundial. É um fruto que não se pode cultivar, mas que aparece todos os anos como um generoso presente da natureza.

Caso você nunca tenha provado, faça-o prestando muita atenção: primeiramente, no perfume e, depois, no gosto - seus sentidos saberão se deliciar com esta maravilha da natureza! Feche os olhos e parecerá que você esta voando sobre as colinas verdes e aconchegantes onde o tartufo nasce...

Harmonização entre Tartufo e Vinho

O Tartufo deve reinar de forma soberana em qualquer prato! Ele pode estar acompanhado de outros ingredientes, mas estes não podem sobressair ao perfume e ao sabor do Tartufo.

A mesma regra vale para sua harmonização com vinho: seja ele branco ou tinto, deve ter aroma intenso e ser persistente, mas ter pouca estrutura.

Com um prato de talharim fresco com laminas de tartufo, aconselha-se usar a harmonização clássica da região: o Dolcetto do Langhe.

Mosaico de Fotos



Autora: Adriana Grasso
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O Prosecco Cartizze é produzido na sub-zona de Cartizze, uma pequena área de 107 hectares de vinhedos, localizada entre as íngremes Colinas de San Pietro Barbozza, Santo Stefano e Saccol, no município de Valdobbiadene:



Ele é um espumante diferenciado feito com Uvas Prosecco que crescem num microclima muito particular numa área de solo arenoso muito antigo, composto por elementos típicos de um leito marinho. Essas condições possibilitam uma drenagem rápida e eficaz da água das chuvas e faz com que as vinhas se desenvolvam de forma equilibrada.
Na sub-zona de Cartizze, a colheita da Uva Prosecco ocorre mais tarde, quando elas estão bem maduras. Esta escolha irá conferir ao vinho uma concentração de aromas e sabores de intensidades incomuns.
Um vinho branco será produzido com elas e ficará nos tonéis, adquirindo maturidade até o final do Inverno. Na Primavera, ele é misturado com levedos e açúcares e é levado para uma autoclave, onde ocorrerá a segunda fermentação, que dará origem ao vinho espumante.
No final do processo, o espumante é filtrado e engarrafado. Antes de ser colocado à venda, dele passará por um período de armazenamento de 30 a 40 dias, em local escuro, dentro da cantina.



O Prosecco Cartizze tem cor intensa e aroma amplo e complexo com notas de maça, pêra, abricó, cítricas, rosas e amêndoas. Seu sabor é agradável e persistente.

Autora: Adriana Grasso
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Vinhos Italianos por Adriana Grasso