No programa VINHOS do dia 10/05/2011 a apresentadora Adriana Grasso falou sobre Enoturismo na região italiana de Valpolicella, no Veneto, as particularidades na produção dos 4 principais vinhos tintos dessa área: o Valpolicella, o Valpolicella Superiore (Ripasso), o Recioto e o Amarone, e na Hora da Dica ela passou um vídeo com a explicação do significado de algumas palavras e frases encontradas nos rótulos dos vinhos italianos.

Para conferir como foi o programa, assista o vídeo abaixo:

O programa VINHOS apresentado por Adriana Grasso na allTV, mudou de dia e horário. A partir desta semana ele será apresentado, ao vivo, todas as terças das 21 as 22 horas. O assunto do programa de amanhã será o vinho italiano Amarone della Valpolicella. Por enquanto fica aí um vídeo com o processo de produção do Amarone.



O programa é transmitido na Internet pelo site: http://www.alltv.com.br/. Quem quiser pode participar enviando perguntas ou dúvidas através do Chat do programa.

Então aguardo vocês amanhã (10/05/2011), as 21 horas, na allTV!

No programa VINHOS do dia 14/04/2011, na allTV, a apresentadora Adriana Grasso falou sobre os diferentes tipos de Chianti que existem no mercado, que vão dos mais leves e simples aos complexos e estruturados.

Para conferir como foi o programa, assista o vídeo abaixo:

Muitos consumidores de vinho têm uma idéia distorcida do Chianti. Isso se deve principalmente à diversidade de tipos existentes, que vão dos mais leves e simples aos complexos e estruturados, e também a alguns produtos de baixa qualidade, que apareceram no mercado há muitos anos - aquele vinho econômico, vendido em garrafas revestidas de palha.

O Chianti de hoje é um vinho reconhecido com o status de DOCG (Denominação de Origem Controlada e Garantida) e tem regulamentos mais rígidos para sua produção que no passado.

O grande problema é que somente a palavra Chianti diz pouca coisa sobre o vinho. Ela identifica que é tinto, seco, produzido na Itália, na região da Toscana, em algum lugar de uma vasta área, que se estende de Pisa até Arezzo e Siena, e é feito principalmente com uva Sangiovese.























Para melhor compreender a tipologia do Chianti, é necessário prestar atenção ao nome completo do vinho. Ele pode ser simplesmente Chianti ou: Chianti Colli Aretini, Chianti Colli Fiorentini, Chianti Colli Senesi, Chianti Colline Pisane, Chianti Montalbano, Chianti Rufina, Chianti Montispertoli e Chianti Classico. E cada um desses vinhos tem características distintas.

Além disso, o Chianti pode ser “Riserva”, indicando que passou por um período de envelhecimento de no mínimo de 2 anos, antes de ser comercializado, e “Superiore”, com uma graduação alcoólica maior que a versão normal.

Tendo tudo isso em mente, podemos começar a detalhar melhor o que esperar de cada um desses vinhos.

Existem duas diferentes DOCG para o Chianti: Chianti Classico - vinhos produzidos na área entre Florença e Siena - e Chianti - vinhos das demais áreas e também as delimitadas em sete subzonas especiais, que carregam o nome das mesmas no rótulo.

Nesta postagem, vou me ater ao Chianti DOCG, pois o Chianti Classico é tão rico em detalhes e histórias que merece uma postagem separada. Aqui só serão abordadas suas principais diferenças em relação aos outros.

O vinho rotulado somente como Chianti DOCG deve obedecer ao seguinte regulamento, segundo decreto de 19 de junho de 2009:

. Utilizar na sua produção uvas Sangiovese de 70 a 100%, respeitadas as seguintes restrições: a junção de uvas brancas não pode superar a 10% e as uvas Cabernet Franc e Cabernet Sauvignon não podem, sozinhas ou em conjunto, passar de 15%;

. A graduação alcoólica mínima deve ser 11,5%. Se for a versão “Riserva”, este mínimo sobe para 12,0%;

. A comercialização de uma safra só pode ocorrer após o dia 1º. de março do ano seguinte. Para a versão “Superiore”, a data passa para 1º. de setembro;

. As características gerais são: coloração vermelho rubi brilhante, tendendo ao granada com o envelhecimento; sabor harmonioso, frutado, seco, levemente tânico e aroma vinoso, com notas de violeta.

Dependendo a tipologia, ele pode ser consumido como um vinho jovem, fresco e palatável, mas os das versões “Riserva” e os de algumas áreas específicas são adequados para o envelhecimento e melhoram se consumidos após alguns anos da safra. Para todos eles, é aconselhável usar o decanter antes de servir.

Quanto aos vinhos das subzonas, as principais diferenças são:


Chianti Colli Fiorentini – Da região situada ao norte da zona do Chianti Classico, na província de Firenze, é um vinho muito equilibrado, ideal para o consumo diário. A graduação alcoólica mínima é de 12% e 12,5% para a versão “Riserva”. Só pode ser comercializado após 1º. de setembro do ano seguinte à safra.




















Chianti Colline Pisane – Produzido em área dentro da província de Pisa, é um vinho elegante e suave, que deve ser consumido preferencialmente jovem. A versão “Riserva” deve ter uma graduação alcoólica mínima de 12,5%.















Chianti Colli Senesi – É produzido na subzona situada ao sul da região do Chianti Classico, nas colinas da província de Siena. Com relação à composição das uvas, difere do Chianti normal, e a regulamentação determina a utilização de Sangiovese de 75 a 100%. A graduação alcoólica mínima é de 12% e 13% para a versão “Riserva”.



















Chianti Colli Aretini – Produzido em uma área da província de Arezzo, é um vinho jovem fresco e levemente frisante, ideal para ser consumido ainda jovem. A graduação alcoólica mínima da versão “Riserva” é de 12,5%.


















Chianti Montespertoli – A pequena zona de Montespertoli, delimitada recentemente, é uma das áreas mais atraentes para a produção do Chianti. Seus vinhos são muito saborosos, têm aromas de intensidade média e boa acidez. A graduação alcoólica mínima é de 12% e 12,5% para a versão “Riserva”, e só podem ser comercializados após 1º. de junho do ano seguinte à safra.














Chianti Rufina – Rufina, situada nas colinas que se estendem em direção aos Apeninos, é a menor das subzonas do Chianti. Produz vinhos de elevada qualidade e adequados ao envelhecimento. A graduação alcoólica mínima é de 12% e 12,5% para a versão “Riserva”. Eles só podem ser comercializados após 1º. de setembro do ano seguinte à safra. Um cuidado deve ser tomado para não se confundir Chianti Rufina com Chianti Ruffino: o primeiro indica uma específica região produtora de Chianti, enquanto o segundo leva o nome de um produtor que faz vinhos normais e relativamente simples.




















Chianti Montalbano – É um vinho muito antigo e tradicional, com sabor refinado e intenso, produzido por pouco menos de 200 produtores, na zona de Montalbano. A graduação alcoólica mínima da versão “Riserva” é de 12,5%.

O vinho rotulado como Chianti Classico DOCG é produzido praticamente na antiga zona do Chianti, que foi delimitada em 1716 e virou uma denominação autônoma por decreto ministerial de 1996. Diferentemente do Chianti DOCG, é feito com no mínimo 80% de uvas Sangiovese. Junto com ela, podem estar presentes, em um máximo de 20%, outras uvas vermelhas locais, como Canaiolo, Colorino, e as internacionais Cabernet Sauvignon e Merlot. A graduação alcoólica mínima é de 12%. A sua cor é rubi intensa e o aroma apresenta notas de violetas e frutas vermelhas. O sabor é suave, frutado, seco, com bons taninos, que são refinados ao longo do tempo, tornando-se mais redondo e macio. Geralmente, são vinhos adaptáveis ao envelhecimento e melhores quando consumidos entre cinco e oito anos da safra.

Com tanta tipologia, é possível encontrar Chianti de estilos e preços muito variados. Por isso, preste atenção no nome completo do vinho, para ter uma melhor idéia do que esperar de cada um deles.

Autora: Adriana Grasso



Ainda pouco conhecido pelos brasileiros, o Ferrari é um dos mais famosos e tradicionais espumantes italianos. A cantina Ferrari tem mais de 100 anos de história dedicados a produção de vinhos espumantes na região do Trentino, no norte da Itália, usando o mesmo método do Champagne - com a segunda fermentação na garrafa.

A tradição desse espumante é tão grande que, em 1989, quando a revista L’Europeo publicou um artigo indicando os objetos que marcaram a vida dos italianos, colocou na capa: Swatch, Timberland, o carro Ferrari e o espumante Ferrari.

Tanto prestígio assim está atrelado a muita dedicação e paixão. E é da paixão que tem início a história secular da cantina. Giulio Ferrari conhecia muito suas terras e pode confiar nelas para alcançar o sonho da sua vida: criar entre as montanhas do Trentino um espumante único, original e especial.

Primeiro, ele se dedicou à produção de uvas que fossem adequadas ao seu projeto. Depois de obter sucesso nesse quesito, Giulio Ferrari procurou a perfeição na produção de espumante, usando uma prensagem mais delicada para as uvas; selecionando os levedos mais adequados e deixando a segunda fermentação ocorrer lentamente nas garrafas.

Nasceu assim, no ano de 1902, o primeiro espumante da cantina Ferrari. Giulio não estava atrás de sucesso; sua meta era alcançar um alto nível de qualidade para seu espumante, mas, com o tempo, os prêmios e o reconhecimento internacional apareceram.

Em 1952, Bruno Lunelli, proprietário de uma loja de vinhos, decidiu apostar no produto e assumiu a cantina Ferrari. Profundo conhecedor do setor, direcionou a cantina para o aumento da produção, sem perder a qualidade. O mercado mostrou que ele estava certo e o Ferrari se tornou um líder entre os espumantes produzidos com método clássico na Itália.

Com o passar dos anos, outros produtos foram introduzidos e agora a cantina oferece um leque maior de opções.

Alguns exemplos são:

Ferrari Brut

Feito somente com uvas Chardonnay. É produzido desde a fundação da cantina, em 1902. O espumante tem coloração amarelo-palha, com reflexos esverdeados. O aroma é intenso, com notas de maçã, flores do campo e casca de pão. O sabor é equilibrado e agradável.

Ferrari Maximum Brut

Espumante, criado principalmente para atender restaurantes, produzido num estilo que favorece sua utilização no acompanhamento de uma refeição. É produzido somente com uvas Chardonnay e sua fermentação na garrafa leva 36 meses. O Ferrari Maximum Brut é um espumante de coloração amarelo-palha, com aroma de frutas maduras, casca de pão e nozes, e sabor seco e harmonioso. Tem menor pressão de dióxido de carbono que os outros espumantes da cantina Ferrari.

Ferrari Rose

Espumante rose que começou a ser produzido em 1969 e leva 60% de uvas Pinot Nero e 40% de Chardonnay. A coloração é rosa brilhante. O aroma apresenta notas florais e frutadas – principalmente groselha e morango. O sabor é seco e delicado.

Ferrari Perlé

É um espumante com safra – que utiliza como base, vinhos produzidos com uvas Chardonnay dos melhores vinhedos da propriedade e provenientes de um mesmo ano. Passa por um período de espumantização na garrafa maior que os anteriores - 5 anos. O resultado é um espumante de coloração amarelo-palha com reflexos dourados. Aroma intenso e refinado com notas de amêndoas, maçã e casca de pão. O sabor é seco e elegante.

Ferrari Perlé Nero

Também um espumante com safra, mas feito somente de uvas Pinot Noir vinificadas em branco. O período da segunda fermentação é ainda maior que a versão com Chardonnay; leva 6 anos. O espumante gerado tem coloração amarelo dourado; o aroma é potente e complexo com notas frutadas, tostadas e minerais. O sabor é cremoso, elegante e permanece por muito tempo na boca.

Fonte: Coluna Vinhos e Muito Mais do portal ONNE

A uva Moscato Bianco, de coloração amarela dourada quando madura, a cada ano, por volta do dia 15 setembro, é prensada como acontecia no século XVII - Giovanni Battista Croce, joalheiro da Casa de Savoia, foi o primeiro a codificar as regras para a sua vinificação. Utilizam-se trituradores especiais para uma prensagem suave e para separar os materiais sólidos, cascas e talos. São prensas delicadas, à base de ar ou água, que trabalham com o cuidado de respeitar a integridade da uva.
O suco resultante é então transferido para cubas de inox, onde é mantido resfriado a uma temperatura de zero grau Celsius, para evitar a fermentação.
O mosto do Moscato Bianco pode em seguida ter dois destinos, ou seja, pode dar origem a dois vinhos DOCG (Denominação de Origem Controlada e Garantida), que têm uma discreta percentagem de açúcar não fermentado, mas são vinhos delicados, não enjoativos e equilibrados, com a acidez contrabalançando, na medida certa, o residual de açúcar e com aromas primários característicos da uva Moscato - notas florais e de frutas como pêssego, damasco, limão e laranja.
Esses dois vinhos são Moscato d’Asti e Asti espumante. O Moscato d’Asti é a versão mais doce e menos efervescente. Uma bebida que cada vez mais ganha espaço em restaurantes e lojas especializadas na venda de vinhos.



Características
Uvas utilizadas: Moscato Bianco (100%).
Vinho frizante branco de cor amarela clara e aroma intenso com notas florais e frutadas - limão, laranja, pessego e damasco. O sabor é doce e equilibrado.
Costuma apresentar teor alcoólico entre 4,5% al 6,5%.
Deve ser consumido muito jovem, de preferência entre 1 ano.

Sobre a uva Moscato Bianco
O Moscato já era amplamente difundido entre os gregos e romanos. Segundo estudos científicos recentes, parece que a uva Moscato foi a primeira a ser cultivada para a produção de vinhos.
Suas videiras se concentram principalmente na região do Piemonte, na Itália, numa zona onde as uvas Moscato dão o melhor de si. É uma estreita faixa de colina composta por cinquenta e dois pequenos municípios que pertencem a três províncias: Asti, Cuneo e Alessandria. No resto da Itália, ela é conhecida e utilizada para a produção de vinhos aromáticos no Valle d'Aosta, em Oltrepò Pavese, em Colli Euganei, na Toscana, na Puglia, na Sicília e na Sardenha. Atualmente a uva Moscato Brianco esta espalhada por quase todos os países produtores de vinho.
Com a uva Moscato Bianco são produzidos, especialmente, vinhos doces e aromáticos, frisante ou espumante. Utilizando a técnica de secagem das uvas, também é possível obter vinho passito de excelente qualidade. São mais raros, porém não menos interessantes, os vinhos secos, utilizados principalmente como aperitivos.

Galeria de imagens das províncias de Asti, Cuneo e Alessandria, no Piemonte:






















 

Vinhos Italianos por Adriana Grasso