Características
Uvas utilizadas: 100% Teroldego.
Vinho tinto de cor rubi intensa; aroma agradavelmente frutado.
Sabor seco, ligeiramente amargo e tânico, mas muito harmonioso.
Costumam apresentar baixo teor alcoólico (em torno de 12%).
Este vinho deve ser consumido jovem (3 a 4 anos da safra).

Sobre a uva Teroldego
Vinhedo autóctone do Trentino. Encontra seu ambiente ideal para desenvolvimento numa área chamada “Piana Rotaliana”, entre as cidades de Mezzocorona e Mezzolombardo.
O Teroldego é o mais popular dos vinhos tintos da região, de modo a ser chamado de "Príncipe de Trentino". Pode ser usado na produção de vinhos potentes e frutados e também na fabricação de Novello.

Vinhos à Venda no Brasil
Meu favorito é o Teroldego Rotaliano Riserva da Mezzacorona. Pelo que pesquisei na Internet, ele atualmente é importado pela Tradebanc Brasil.

Saiba Mais
O Teroldego Rotaliano possui DOC desde 1971. Existe também o Teroldego Rotaliano Superiore, um pouco mais alcoólico e o Teroldego Rotaliano Riserva, envelhecido por, no mínimo, dois anos.

Interessante
No período em que trabalhei com Importação, os vinhos que acabavam primeiro eram: o Teroldego e o Teroldego Riserva da Mezzacorona.
Isso mostra que o Mercado Brasileiro está aberto para novidades, mas é primordial que o vendedor conheça muito bem os detalhes do produto para gerar expectativas e curiosidades.

Links
Mezzacorona: http://www.mezzacorona.it/
Tradebanc Brasil: http://www.tradebanc.com.br/

Autora: Adriana Grasso
Contato: adriana.grasso@uol.com.br

O Vinho Nasce na Vinha

Um dos itens que uso para avaliar um bom produtor são os cuidados que ele tem com as uvas e seus vinhedos.
Entre os principais pontos para esta análise estão:

A Disposição das Videiras



Quanto menor a concentração de vinhas por hectares, melhor será a qualidade da uva produzida.

A Idade da Videira



Quanto mais velha, melhor.

O Solo e a Topografia



O solo deve ser argiloso e o terreno inclinado para aproveitar melhor os raios solares.

As Condições Climáticas e Ambientais



A videira precisa de estações climáticas bem definidas, muito Sol durante o dia, frio à noite e terreno inclinado.

Tipo de Videira do Terreno



Encontrar a videira que melhor se adapta ao terreno.
Exemplo: A videira da uva Nero d’Avola tem elevada necessidade energética e possui um ciclo de maturação longo. Por este motivo é apropriada para zonas mediterrâneas e quentes.

A Escolha do Momento da Colheita



Ela deve ser feita no momento exato para garantir o melhor equilíbrio possível entre açúcar e acidez.

Importante
Para fazer esta avaliação, é importante visitar o produtor, conhecer seus vinhedos e conversar com o enólogo da vinícola.

Autora: Adriana Grasso
Contato: adriana.grasso@uol.com.br



Características
Uvas utilizadas: 100% Nebbiolo.
Vinho tinto cor vermelho granada com reflexos laranjas; pleno, de aromas delicados que se revelam com o envelhecimento.
O sabor é seco, robusto, austero, mas aveludado e harmonioso
Costumam apresentar teor alcoólico médio (12,5 % ou superior).
O período mínimo para envelhecimento, antes de ser colocado à venda, é de três anos, destes, um em tonéis de madeira.
Vinho com capacidade para longo envelhecimento (mais de 20 anos da safra).

Sobre a uva Nebbiolo
De vinhedo nobre na região do Piemonte, seu nome deriva de “neblina”, seja porque a uva amadurece tarde (quando as colinas já estão com as primeiras neblinas do Outono) ou pela sua cor (com tonalidades cinza que, no conjunto, também lembram a neblina).
As primeiras notícias de seu cultivo nesta região vêm dos anos 300.
A uva dá o melhor de si na produção de vinhos de grande corpo e estrutura que, durante o envelhecimento, conseguem complexidade e elegância.
O aroma é frutado com notas de flores secas, especiarias e alcatrão. No paladar, revela taninos moderados e corpo muito pronunciado.

Principais Diferenças entre Barbaresco e Barolo
Os dois vinhos são produzidos com uvas Nebbiolo.
Barolo e Barbaresco são conhecidos como “As Jóias da Coroa do Vinho do Piemonte”, ambos produzidos na região de Langhe, ao redor da cidade de Alba.
O Barbaresco é mais leve e elegante, enquanto o Barolo é mais poderoso e concentrado.
As diferenças fundamentais nas regras de produção destes vinhos são:
- tempo de envelhecimento: Barbaresco pelo menos dois anos, destes, um em barris de madeira e Barolo pelo menos três anos, destes, dois em barris de madeira
- graduação alcoólica mínima: Barbaresco 12,5% e Barolo 13%
- região de produção: Barbaresco e Barolo

Melhores Safras (nos últimos anos)
- 2005 (excepcional)
- 2001 (excepcional)
- 2000 (excepcional)
- 1998 (excepcional)
- 1997 (excepcional)
- 1995 (excepcional)

Vinhos à Venda no Brasil
O meu favorito, Barbaresco do Produttori del Barbaresco, deixou de ser importado.
No Brasil chegam renomados produtores como: Gaja (Mistral), Bruno Giacosa (Mistral) e La Spinetta (Vinci).

Saiba Mais
Barbaresco possui DOCG desde 1980.

Sobre "Produttori del Barbaresco"
A atual cantina foi fundada em 1958, mas sua história é muito mais antiga.
Na segunda metade do século XIX, na zona de Barbaresco, a uva Nebbiolo era cultivada e vendida para a região de Barolo para a produção de um vinho tinto de mesa com uma excelente estrutura.
Em 1894, Domizio Cavazza, presidente da Regia Scuola Enologica di Alba e residente na cidade de Barbaresco criou a Cantine Sociali di Barbaresco para a produção de um vinho tinto de luxo. Ele reuniu em torno desta cantina nove outros produtores da região e começou a chamar este vinho com o nome da cidade "Barbaresco".
Ela foi fechada na época do Fascismo e reaberta em 1958 por Don Fiorino, padre responsável pela paróquia de Barbaresco na época. Retornando à tradição do passado, ele reuniu 19 agricultores e fundou o Produttori del Barbaresco.
A cantina conta hoje com 56 membros e 100 hectares de vinhedos Nebbiolo (1/6 do total dos vinhedos de Barbaresco).
Eles produzem somente vinhos com uvas Nebbiolo e são responsáveis por alguns dos melhores Barbarescos já produzidos.

Curiosidade
Selecionei uma foto de Barbaresco num dia típico de Outono. Devo escrever sobre o Turismo do Vinho pela região em breve.



Links
Importadora Mistral: http://www.mistral.com.br/
Produtor Bruno Giacosa: http://www.brunogiacosa.it/
P. del Barbaresco: http://www.produttoridelbarbaresco.com/
Produtor Gaja: http://www.gajawines.com/
Produtor La Spinetta: http://www.spinetta.it/
Vinci Vinhos: http://www.vincivinhos.com.br/

Autora: Adriana Grasso
Contato: adriana.grasso@uol.com.br

Já percorri a região do Chianti , na Toscana, várias vezes, mas não me canso de voltar lá...
O lugar é encantador e cheio de surpresas!
Fiz um dos passeios pelo local com a chef de cozinha e conhecedora de vinhos, Gabriela Monteleone, a convite da Tenuta Sassoregale e da Fattoria Pile e Lamole, produtora dos vinhos Lamole di Lamole.



Estávamos hospedadas em Siena. Partindo de lá percorremos 30 km até nossa primeira parada: Villa Vistarenni, localizada entre as cidades de Radda e Gaiole in Chianti.



A Vila foi erguida no século XVII e domina o alto da colina que se situa a 500 m do nível do mar. Ela fica numa magnífica região rodeada de vinhedos.



Dentro da propriedade existe um museu e uma cantina histórica.



O subterrâneo desta cantina fica numa rocha escavada, formando um local ideal para o vinho envelhecer.

Na época da nossa visita (novembro de 2005) a Villa Vistarenni não funcionava como hotel; hoje eles criaram um complexo turístico com várias opções de hospedagem.

Seguimos depois para Greve em Chianti. Fizemos uma pausa para almoçar no Restaurante Enoteca: Ristoro di Lamole, onde degustamos vinhos Sassoregale e Lamole di Lamole e saboreamos uma maravilhosa Bisteca Fiorentina.



À tarde, fomos visitar a Fattoria Pile e Lamole.



Começamos pela bem montada cantina, passamos pela produção do Vin Santo e fomos conhecer o mais famoso vinhedo do local: o Campolungo.



O enólogo Ugo Pagliai gentilmente nos acompanhou em todos os lugares.
No fim do dia, ele recebeu a notícia de que o primeiro lote de óleo de oliva estava pronto. Voltamos para a Villa Vistarenni e provamos pão toscano sem sal regado com óleo de oliva recém produzido. Para acompanhar, Ugo foi buscar diretamente do tonel um pouco de Chianti 2005 que havia acabado de fermentar.
Simplesmente divino!

Links
Tenuta Sassoregale: http://www.tenutasassoregale.com/
Fattoria Lamole di Lamole: http://www.lamole.com/
Villa Vistarenni: http://www.villavistarenni.com/
Enoteca Ristoro di Lamole: http://www.ristorodilamole.it/

Autora: Adriana Grasso
Contato: adriana.grasso@uol.com.br

Vinho com Tampa de Vidro



A tampa de vidro está surgindo como uma nova alternativa para a rolha de cortiça.
Muito se fala, mas poucos tiveram a oportunidade de ver um vinho fechado com esta tecnologia.
Conheci a solução em 2005, na Feira Enolitech, especializada em Tecnologia para a Viticultura, em Verona, na Itália.
Nesta semana comprei um vinho italiano aqui no Brasil com tampa de vidro (Scaia Bianca 2007 da Tenuta Sant'Antonio).
Por curiosidade, pesquisei sobre sua aceitação entre os produtores italianos e descobri que muitos estão se rendendo a esta nova tecnologia, principalmente no Veneto e no Sul da Itália.

Saiba Mais
A tampa de vidro mais comercializada é a Vino-Lok, desenvolvida pela Alcoa na Alemanha.
Para garantir a vedação do vinho, coloca-se um anel de silicone (geralmente o Elvax da Dupont) entre a garrafa e a tampa.



Curiosidade
Abrir um vinho com tampa de vidro é muito fácil: basta puxar a tampa com a mão e pronto!



E se você não consumir todo o vinho, ela pode ser recolocada na garrafa para fechá-la.

Importante
Prefiro este tipo de solução para vinhos jovens, prontos para o consumo e que não precisam de estágio de envelhecimento na garrafa.

Links
Elvax: http://www.dupont.com/
Tenuta Sant'Antonio: http://www.tenutasantantonio.it/
Vino-Lok: http://www.vino-lok.de/

Autora: Adriana Grasso
Contato: adriana.grasso@uol.com.br



Características
Uvas utilizadas: 100% grillo.
Vinho branco de cor amarela palha com reflexos verdes. O aroma geralmente apresenta notas de flores (jasmim) e frutas brancas.
O sabor é seco e a acidez é equilibrada.
Costumam apresentar teor alcoólico alto (13,5%).
Este vinho deve ser consumido jovem (3 anos da safra).

Sobre a Uva Grillo
Introduzida na Sicília no final do século XIX para substituir videiras atacadas pela filoxera, ela está chamando a atenção de muitos produtores sicilianos.
A uva Grillo é cultivada principalmente na área que se estende entre Marsala e Trapani, no Oeste da Ilha, e produz vinhos brancos sedutores com grande carga de sabores e fragrâncias. Devido ao seu alto índice de açúcar, ela também é utilizada também na produção do vinho siciliano de sobremesa Marsala.

Melhores Safras (nos últimos anos)
- 2008 (ótima)
- 2007 (boa)
- 2006 (ótima)

Vinhos à Venda no Brasil
Os meus favoritos são Grillo Parlante do Fondo Antico (este nunca veio ao Brasil) e Grillo do Feudo Arancio (deixou de ser importado). Gosto deles pelo cuidado dos produtores com o rendimento dos vinhedos, por não serem excessivamente alcoólico e por não passarem por madeira.
No Brasil é possível encontrar Grillo Sicilia IGT 2007 da Cantine Fina, importado pela Porto Leblon. A importadora Decanter vende um vinho do produtor Fatascià, da linha Kailá que é uma mistura de 50% Grillo e 50% Inzolia, outra uva branca típica da Sicília.

Saiba Mais
Os vinhos 100% Grillo são geralmente vendidos como Sicilia IGT. Algumas pequenas regiões já conseguiram o DOC, como Contea di Sclafani (1996) e Contessa Entellina (1993).
A uva faz parte da composição de um vinho de sobremesa muito conhecido em todo o mundo: o Marsala Bianco.

Links
Distribuidora Porto Leblon: http://www.portoleblon.com.br/
Importadora Decanter: http://www.decanter.com.br/
Produtor Fatasciá: http://www.fatascia.it/
Produtor Feudo Arancio: http://www.feudoarancio.it/
Produtor Fondo Antico: http://www.fondoantico.it/
Produtor Cantina Fina: http://www.cantinefina.it/

Autora: Adriana Grasso
Contato: adriana.grasso@uol.com.br

Conheci Salvatore Ferragamo, o filho mais velho de Ferruccio Ferragamo, em 2004. Representei no Brasil, de 2004 a 2007, os vinhos produzidos por sua família na Itália.



Durante este período tive o prazer de me hospedar, a convite dele, no Il Borro (burgo medieval com mais de 1.000 anos, completamente restaurado e muito luxuoso) e de visitar as instalações de sua vinícola (que recebe o mesmo nome).
A propriedade fica na Toscana próximo a Arezzo, Firenze e Siena. A localização é ótima e serve como base para visitar toda a região.



A Família adquiriu o local em 1993 e fez um impressionante trabalho: na recuperação dos vinhedos, na construção de uma moderna e bem equipada vinícola e na restauração do Burgo Medieval.



O resultado não poderia ser outro: um lugar belíssimo, que produz vinhos modernos e de alta qualidade, sem deixar de lado o equilíbrio entre terroir e tradição.

A entrada da propriedade é típica da região: uma estrada cercada por altos ciprestes muito bem cuidados.



Ela dá acesso a vinícola e ao agriturismo, local onde é possível passar férias no campo com o luxo de um hotel.
Existem várias opções de hospedagem. Você pode optar por uma vila inteira (a maior possui dois andares e fica num terreno de 700 hectares repleto de jardins)...



... ou por uma das acomodações dentro do Burgo e separadas do restante da propriedade por uma charmosa ponte medieval.



Fiquei hospedada dentro do Burgo, no Borro Berti (sala, dois quartos, cozinha e um luxuoso banheiro). No local existem lojas, antiquários e é possível ver artesãos trabalhando em suas oficinas.
Um verdadeiro passeio no tempo.

A noite, recomendo um jantar no restaurante que fica fora do Burgo, logo após a ponte, chamado Osteria del Borro. A cozinha é tradicional Toscana e de ótima qualidade. Na hora de escolher o vinho opte pelos produzidos no local, o branco Lamelle e os tintos Pian Di Nova, Il Borro e Polissena.

O Il Borro coloca à disposição de seus hóspedes passeios voltados à degustação de vinhos em outras famosas regiões vinícolas como Chianti, Montalcino e Montepulciano. Também oferece excursões para Firenze, Siena, San Gimignano, Assis, Pisa, Arezzo ou Cortona. É possível passear de Balão, jogar golf, praticar equitação...
Diversão com sofisticação garantida!

Saiba Mais
O Il Borro produz 4 tipos de vinhos: o branco Lamelle (100% chardonnay) e os tintos: Polissena (100% sangiovese), Pian di Nova (75% syrah e 25% sangiovese) e o Il Borro (50% merlot, 35% cabernet sauvignon, 10% syrah e 5% petit verdot).
O enólogo responsável é o competente Nicolò D’Afflitto.
Pesquisei na Internet e encontrei um novo importador para estes vinhos no Brasil: a Épice Impora. Pelo que li no site Difundir, eles trazem o Il Borro e o Polissena para cá.

Importante
Todas as fotos do Il Borro foram tiradas durante minha estadia por lá, em abril de 2005.

Links
Il Borro: http://www.ilborro.it/
Importadora Épice: http://www.epice.com.br/
Osteria del Borro: http://www.osteriadelborro.it/

Autora: Adriana Grasso
Contato: adriana.grasso@uol.com.br

Peixe e Vinho Tinto?

Pode sim - e é comum em vários países



Muitos acham que só é correto comer carne vermelha acompanhada de vinho tinto e peixes com vinho branco. Esta não é uma regra geral. Em muitos países como Espanha, Itália e França, pratos à base de peixe são servidos com vinho tinto sem problema algum!

Na hora da escolha, o mais importante é considerar a estrutura do prato e usá-la para decidir o vinho que irá acompanhá-lo. O melhor e mais seguro é optar por um equilíbrio entre os dois.

Prefira combinar um prato pouco condimentado com vinhos leves e os mais elaborados com vinhos potentes. Quando falo em vinhos leves, estou me referindo ao vinho branco ou tinto, com nível alcoólico de até 12,5% e taninos (aquela sensação de adstringência que faz a boca ficar seca) não-intensos.

Usando este conceito, podemos servir vinho tinto com pratos à base de peixe, principalmente os mais gordurosos. Eles combinam com Cabernet Franc, Merlot, Pinot Noir (safras novas e pouco alcoólicas), Dolcetto D’Alba e Tempranillo, por exemplo.

É normal encontrar um espanhol saboreando uma Paella com um vinho tinto Rioja, um francês se deliciando com um Anguille à la Bordelaise e uma taça de vinho tinto Bordeaux leve ou um italiano comendo um Bacalla’ Alla Vicentina acompanhado de um Tocai Rosso.

No Brasil, temos uma grande variedade de pratos à base de peixe e molhos condimentados. Que tal saboreá-los com um vinho tinto?

Experimente!

Saiba Mais
Cabernet Franc, Merlot, Pinot Noir, Dolcetto, Tempranillo e Tocai são uvas usadas na fabricação de vinho tinto; Alba, Bordeaux e Rioja são regiões produtoras de vinho na Itália, Franca e Espanha, respectivamente; Anguille significa “enguia”, em Francês.

Autora: Adriana Grasso
Contato: adriana.grasso@uol.com.br



Características
Uvas utilizadas: 85 a 100% vermentino.
Vinho branco de cor amarelo palha com reflexos verde claro; aroma delicado e agradável.
Sabor seco, fresco e ligeiramente amargo.
Costuma apresentar baixo teor alcoólico (11 %).
Deve ser consumido jovem (2 a 3 anos da safra).

Melhores Safras (nos últimos anos)
- 2007 (ótima)

Vinhos à Venda no Brasil
Chegam no Brasil produtores de Vermentino conhecidos mundialmente, como Azienda Agricola PALA (Cellar) e Tenute Sella e Mosca (World Wine).
Muito cuidado com a safra na hora da compra! Não se esqueça de que este vinho deve ser consumido jovem!

Saiba Mais
O Vermentino di Sardegna possui DOC; a sub-região de Gallura, situada no Norte da Ilha, possui DOCG (Vermentino di Gallura e Vermentino di Gallura Superiore). Algumas diferenças são:
- no DOCG são usadas, obrigatoriamente, 100% uvas vermentino
- a graduação alcoólica mínima do DOCG é 12% e da versão Superiore, 13%

Curiosidade
A região da Gallura é conhecida pela grande produção de cortiça,responsável por aproximadamente 90% das rolhas dos vinhos italianos.



Perto, encontra-se a Costa Esmeralda, com suas belas praias de areia branca e mar turquesa.
Um sonho!

Links
Importadora Cellar: http://www.cellar-af.com.br/
Importadora World Wine: http://www.worldwine.com.br/
Produtor Pala: http://www.pala.it/
Produtor Sella e Mosca : http://www.sellaemosca.com/

Autora: Adriana Grasso
Contato: adriana.grasso@uol.com.br



Para termos uma idéia da diversidade dos vinhos italianos, resolvi colocar alguns números referentes à quantidade oficial de vinhos regulamentados como DOC (Denominação de Origem Controlada) e DOCG (Denominação de Origem controlada e Garantida), separados por região e em ordem alfabética.
Dê uma olhada e veja quantos nomes desconhecidos!

Abruzzo
Total de DOCG: 1 (Montepulciano d'Abruzzo Colline Teramane).
Total de DOC: 3 (Controguerra, Montepulciano d'Abruzzo, Trebbiano d'Abruzzo).

Basilicata
Total de DOC: 1 (Aglianico del Vulture).

Calabria
Total de DOC: 12 (alguns exemplos: Cirò, Donnici, Greco di Bianco, Lamezia, Melissa, Pollino, San Vito di Luzzi, Savuto, Verbicaro).

Campania
Total de DOCG: 3 (Taurasi, Greco di Tufo, Fiano di Avellino).
Total de DOC: 20 (alguns exemplos: Aglianico del Taburno, Capri, Fiano di Avellino, Greco di Tufo, Ischia, Vesuvio).

Emilia Romagna
Total de DOCG: 1 (Albana di Romagna)
Total de DOC: 19 (alguns exemplos: Colli Bolognesi, Colli di Parma, Colli di Rimini, Colli Piacentini, Lambrusco di Sorbara, Lambrusco Grasparossa di Castelvetro, Lambrusco Salamino di Santa Croce, Sangiovese di Romagna, Trebbiano di Romagna).

Friuli Venezia Giulia
Total de DOCG: 2 (Ramandolo, Picolit)
Total de DOC: 9 (alguns exemplos: Colli Orientali del Friuli, Collio Goriziano ou Collio, Friuli Annia, Friuli Aquileia, Friuli Grave, Friuli Isonzo, Friuli Latisana).

Lazio
Total de DOCG: 1 (Cesanese del Piglio).
Total de DOC: 25 (alguns exemplos: Aprilia, Atina, Castelli Romani, Colli Albani, Colli Etruschi Viterbesi, Frascati, Marino, Orvieto, Vignanello, Zagarolo).

Liguria
Total de DOC: 7 (alguns exemplos: Cinque Terre, Colline di Levanto, Golfo del Tigullio, Dolceacqua).

Lombardia
Total de DOCG: 4 (Franciacorta , Valtellina Superiore, Sfurzat ou Sforzato di Valtellina, Oltrepó Pavese).
Total de DOC: 14 (alguns exemplos: Botticino, Garda, Garda Classico, Lambrusco Mantovano, Lugana, Terre di Franciacorta, Valtellina).

Marche
Total de DOCG: 2 (Rosso Conero, Vernaccia di Serrapetrona).
Total de DOC: 10 (alguns exemplos: Bianchello del Metauro, Falerio dei colli Ascolani, Lacrima di Morro d'Alba, Rosso Piceno, Verdicchio dei Castelli di Jesi, Verdicchio di Matelica).

Molise
Total de DOC: 3 (Biferno, Molise, Pentro d'Isernia).

Piemonte
Total de DOCG: 11 (Ghemme, Gattinara, Barolo, Barbaresco, Moscato d'Asti, Brachetto d'Aqui, Gavi o Cortese di Gavi, Roero, Dolcetto di Dogliani o Dogliani, Barbera del Monferrato, Barbera d'Asti).
Total de DOC: 42 (alguns exemplos: Barbera d'Alba, Barbera d'Asti, Barbera del Monferrato, Dolcetto d'Alba, Dolcetto d'Asti, Erbaluce di Caluso ou Caluso, Freisa d'Asti, Gabiano, Grignolino d'Asti, Langhe, Malvasia di Casorzo d'Asti, Monferrato, Nebbiolo d'Alba, Roero, Rubino di Cantavenna, Ruchè di Castagnole Monferrato).

Puglia
Total de DOC: 25 (alguns exemplos: Brindisi, Castel del Monte, Moscato di Trani, Primitivo di Manduria, Rosso Barletta, Rosso Canosa, Rosso di Cerignola, Salice Salentino, Squinzano).

Sardegna
Total de DOCG: 1 (Vermentino di Gallura)
Total de DOC: 19 (alguns exemplos: Alghero, Cannonau di Sardegna, Carignano del Sulcis, Malvasia di Cagliari, Moscato di Sardegna, Vermentino di Sardegna, Vernaccia di Orsistano).

Sicilia
Total de DOCG: 1 (Cerasuolo di Vittoria)
Total de DOC: 18 (alguns exemplos: Alcamo, Contessa Entellina, Etna, Faro, Marsala, Menfi, Passito di Pantelleria, Moscato di Siracusa, Sambuca di Sicilia).

Toscana
Total de DOCG: 7 (Brunello di Montalcino, Carmignano, Chianti, Chianti Classico, Vernaccia di San Gimignano, Vino Nobile di Montepulciano, Morellino di Scansano).
Total de DOC: 33 (alguns exemplos: Bolgheri or Bolgheri Sassicaia, Colli dell'Etruria Centrale, Colline Lucchesi, Cortona, Montecarlo, Montecucco, Orcia, Rosso di Montalcino, Rosso di Montepulciano, San Gimignano, Vin Santo del Chianti, Vin Santo del Chianti Classico).

Trentino Alto Adige
Total de DOC: 7 (Caldaro ou Lago di Caldaro, Casteller, Teroldego Rotaliano, Trentino, Trento, Valdadige, Alto Adige).

Umbria
Total de DOCG: 2 (Montefalco Sagrantino, Torgiano Rosso Riserva)
Total de DOC: 11 (alguns exemplos: Assisi, Colli del Trasimeno o Trasimeno, Colli Martani, Colli Perugini, Montefalco, Orvieto).

Valle d'Aosta
Total de DOC: 8 (Valle d'Aosta, Blanc de Morget et de la Salle, Chambave, Nus, Arnad Montjovet, Torrette, Donnas, Enfer d'Arvier).

Veneto
Total de DOCG: 3 (Recioto di Soave , Bardolino Superiore, Soave Superiore).
Total de DOC: 22 (alguns exemplos: Arcole, Colli di Conegliano, Garda e Garda Classico, Lugana, Prosecco di Conegliano Valdobbiadene, Soave, Valdadige, Valpolicella ou Recioto della Valpolicella, Vicenza, Vini del Piave ou Piave).

Importante
É normal ouvir que “um amante do vinho ou curioso no assunto poderia passar a vida inteira explorando as variedades existentes na Itália”...
Desta forma, posso garantir: Não vai faltar assunto neste blog!

Saiba Mais
Para relembrar os conceitos DOC e DOCG na Legislação Italiana, veja a postagem Classificação dos Vinhos Italianos – Parte I http://vinhositalianos.blogspot.com/2009/01/classificao-dos-vinhos-na-itlia.html.

Autora: Adriana Grasso
Contato: adriana.grasso@uol.com.br

Sobre o Vin Santo



Existem vária hipóteses a respeito da origem deste vinho. Uma se refere a um frade que distribuía aos doentes vinho (vin santo) com efeitos terapêuticos positivos. O vinho em questão ficou conhecido como Vin Santo pelo poder de cura. Outra hipótese está relacionada ao ciclo de produção do vinho com o calendário de festas religiosas: o início da fermentação com o Dia de Todos os Santos e o final com o Natal.

Há relatos sobre a produção do Vin Santo nos tratados da Vinicultura dos anos 700 d.c. na região da Toscana, mas a Literatura Italiana explorou bastante o tema no século XVIII quando apareceram publicações sobre as maneiras de produzir Vin Santo, orientando somente a utilização de uvas brancas: Trebbiano e Malvasia do Chianti.

A qualidade deste tipo de vinho depende de muitos fatores: o tipo de uva, o tempo de secagem, a fermentação e o tempo de envelhecimento.

Curiosidade
Este vinho sempre foi um símbolo de amizade e hospitalidade para o povo italiano. Não havia família que não possuísse em casa uma garrafa de Vin Santo para oferecer às visitas. Também era a bebida usada nas ocasiões que merecessem um brinde.

Autora: Adriana Grasso
Contato: adriana.grasso@uol.com.br



Características
Uvas utilizadas: obrigatoriamente - corvina veronese, rondinella e molinara.
Técnica de Vinificação: antes do processo de fermentação, as uvas passam por uma secagem em armazéns especiais por aproximadamente 3 meses, com isso, elas ficam parecidas a uvas-passas, ou seja, com pouca água e alta concentração de açúcar.
Vinho tinto com cor vermelha rubi intensa, tendendo ao granada com o envelhecimento; aroma de frutas maduras (cereja), frutas em compota e toques herbáceos.
O sabor é aveludado, de corpo intenso e harmonioso.
Teor alcoólico alto (mínimo 14 %).
Vinho com capacidade para envelhecimento (mais de 20 anos da safra).

Cuidado
Não se confunda com o nome: Amarone não quer dizer amargo. Devido à alta concentração de açúcar das uvas-passas usadas em sua produção, o vinho pode ter um pequeno residual de açúcar, tornando-se muito agradável ao palato, apesar de seu alto teor alcoólico.

Importante
O Amarone é produzido com as mesmas uvas do vinho Valpolicella. Os grandes diferenciais são: o processo de secagem antes da vinificação (em lugares parecidos com os mostrados abaixo) e o envelhecimento.





Regulamentação
Denominação:
Amarone della Valpolicella DOC
Data de início: 21/08/ 1968
Zona: Valpolicella Classica; Negrar, Marano, Fumane, Sant’Ambrogio e San Pietro in Cariano. Mais a leste em Val Pantena, Val Tramigna, Val d’Illasi e Val di Mezzane
Uvas: Corvina Veronese + Corvinone = de 40 a 80% (máximo 50% de Corvinone); Rondinella = de 5 a 30%; outras uvas escuras = máximo 15% do total (10% por tipo de uva)
Índice Mínimo de Álcool: 14%
Produtividade Máxima dos Vinhedos: 70.000 kg/ha
Envelhecimento Mínimo: 25 meses.

Melhores Safras (nos últimos anos)
- 2005 (ótima, ainda nova para consumo)
- 2004 (ótima, ainda nova para consumo)
- 2003 (ótima, ainda nova para consumo)
- 2000 (ótima)
- 1998 (ótima)
- 1997 (excepcional)

Vinhos à Venda no Brasil
O meu favorito era o Amarone da Villa Spinosa. Ele surpreendia muitos especialistas (o Ed Motta era um entusiasta deste vinho), mas deixou de ser importado.
Um clássico é o Amarone, do produtor Allegrini, trazido atualmente pela Grand Cru.

Links
Importadora Grand Cru: http://www.grandcru.com.br/
Produtor Allegrini: http://www.allegrini.it/
Produtor Villa Spinosa: http://www.villaspinosa.it/

Autora: Adriana Grasso
Contato: adriana.grasso@uol.com.br

Quantas pessoas já sofreram dores de cabeça mesmo depois do consumo moderado de vinho?

Provavelmente, muitos que estão lendo esta postagem já passaram por esta desagradável experiência...

O principal culpado por esta dor de cabeça tem nome e sobrenome: Anidrido Sulfuroso.

O Anidrido Sulfuroso é um produto usado como anti-séptico, anti-oxidante e conservante no vinho. Ele inibe a formação de microrganismos prejudiciais ao vinho e favorece a sua longevidade. Sua utilização é regulamentada por lei; na Itália, existe um limite de 160 mg/l para vinhos tintos e 210 mg/l para vinhos brancos e rose.

Não é simples determinar um índice aceitável, pois cada organismo reage a esta substância de forma distinta; entre os bons produtores há um consenso que o ideal é não ultrapassar 100 mg/l, mesmo a lei permitindo taxas mais elevadas.

A Organização Mundial de Saúde indica um índice mais conservador: eles consideram aceitável o consumo de, no máximo, 0,7 mg/l por quilo de peso corporal (isso significa que uma pessoa com 70 kg, não deve consumir mais de 49 mg/l de anidrido sulfuroso)!

Em 2003, acompanhei via publicações especializadas, o resultado dos testes da quantidade Anidrido Sulfuroso em 28 garrafas de vinho branco de diferentes produtores e diferentes países, realizado num renomado laboratório de análises químicas de Torino. O resultado foi interessante: todos estavam dentro da lei (menos de 210 mg/l), mas 60% das garrafas tinham mais de 100 mg/l. Alguns tinham taxas baixíssimas de 5 mg/l enquanto outros chegavam a 175 mg/l.

A Legislação Brasileira pede a identificação da presença de Anidrido Sulfuroso no contra rótulo dos vinhos, mas a informação da quantidade não é obrigatória.

Então, como se proteger?

Preste atenção, principalmente quando abrir uma garrafa de vinho branco, na presença de odores ocre e de enxofre, pois eles podem indicar excesso desta substância química.
Pesquise na Internet sobre os produtores; muitos expressam sua opinião sobre o assunto de forma bem clara.
Em caso de muita sensibilidade ao Anidrido Sulfuroso, opte por vinhos biológicos (no caso dos italianos, aqueles que tenham a garantia da AIAB - Associação Italiana por uma Agricultura Biológica).
Por fim, tome muito cuidado com vinhos de grande produção e muito baratos...

Curiosidade
Trabalhei com importação de vinhos durante alguns anos e sei que todo importador tem acesso a análise química dos vinhos trazidos para cá, pois a Legislação exige uma análise em laboratório autorizado no país de origem e outra antes da retirada dos vinhos da alfândega.
Lembro-me que muitos se preocupavam com as taxas de Anidrido Sulfuroso, entre eles o Produttori del Barbaresco e o Teo Costa. Encontrei recentemente num blog italiano informações sobre os progressos dos irmãos Roberto e Marco Costa, proprietários da vinícola Teo Costa, neste sentido. Eles explicavam que conseguem vinhos sem Anidrido Sulfuroso trabalhando cuidadosamente em todos os estágios do processo de produção e respeitando a natureza. Eles partem de uvas saudáveis, muito bem selecionadas e lavadas, mantêm a higiene da cantina, controlam o tempo e a temperatura durante todo o processo de fermentação, utilizam leveduras que não produzam sulfurosos, trabalham sempre com tonéis de aço e evitam contato com o oxigênio. Quando questionados sobre o resultado, eles garantiam: um vinho saudável que não dá dor de cabeça!

Saiba Mais
Existem pesquisas para encontrar alternativas para o Anidrido Sulfuroso no vinho. Uma delas usa a Quitosana (derivado da Quitina) como substituto.
O Anidrido Sulfuroso também é utilizado como conservante de alimentos e outras bebidas.

Links
AIAB: http://www.aiab.it/
Produtor Teo Costa: http://www.teocosta.it/

Autora: Adriana Grasso
Contato: adriana.grasso@uol.com.br



Características
Uvas utilizadas: 100% Dolcetto
Vinho tinto de cor vermelha com reflexos violetas e aroma intenso com notas de cereja e frutas vermelhas, às vezes é ligeiramente amendoado
Possui pouca acidez e retro-gosto um pouco amargo. Geralmente apresenta teor alcoólico baixo (12,5%)
Deve ser consumido jovem (de 2 a 3 anos da safra) ou depois de um breve envelhecimento

Importante
Devido a suas características, ele deve ser servido antes de vinhos mais encorpados, isto é, com maior teor de álcool, tanino e acidez.

Cuidado
Não se confunda com o nome; Dolcetto é um vinho tinto seco!

Dica
O Dolcetto é um vinho tinto leve de custo baixo em comparação a outros vinhos italianos. Adoro recomendá-lo para festas ou jantares com muitas pessoas. Ele agrada a maioria dos paladares e acompanha bem da Entrada ao Prato Principal, inclusive os à base de peixe. É um coringa!

Melhores Safras (nos últimos anos)
- 2007 (ótima)

Vinhos à Venda no Brasil
Como acabei de voltar ao País, vou percorrer algumas lojas especializadas e supermercados para indicar opções interessantes.
Durante o período em que estive na Itália, experimentei o Dolcetto delle Langhe DOC 2007, do produtor Teo Costa (bom e equilibrado).

Saiba Mais
Existem 7 tipos de Dolcetto DOC:
Dolcetto d'Acqui
Dolcetto d'Alba
Dolcetto d'Asti
Dolcetto delle Langhe Monregalesi
Dolcetto di Diano d'Alba (Diano d'Alba)
Dolcetto di Dogliani
Dolcetto di Ovada
Eles diferem, principalmente, quanto à sua região de produção e lgumas características, como a quantidade mínima de álcool permitida (Diano d'alba - 12%, Langhe Monregalesi - 11%).

Links
Produtor Teo Costa: http://www.teocosta.it/

Autora: Adriana Grasso
Contato: adriana.grasso@uol.com.br

Sirva o vinho sempre em taça de cristal lisa e transparente.


As coloridas são lindas, mas não são adequadas para vinho. Uma das análises da bebida é a visual. Como isso seria possível usando uma taça colorida ou cheia de detalhes?

Por que uma taça de cristal e não de vidro?

O cristal tem porosidade; o vinho, quando rotacionado, adere aos poros, deixando o aroma mais evidente.
O vidro não tem estas porosidades.



Kit Mínimo de Taças



Dica
Bons frabricantes de taças: Spiegelau, Nachtmann, Riedel e Strauss.

Links
Nachtmann: http://www.nachtmann.com/
Riedel: http://www.riedel.com/
Spiegelau: http://www.spiegelau.com/
Strauss: http://www.strauss.com.br/

Autora: Adriana Grasso
Contato: adriana.grasso@uol.com.br

Pinot Bianco - Alto Adige



Características
Uvas utilizadas: 95 a 100% pinot bianco.
Vinho branco de cor amarela com reflexos esverdeados. Aroma de flores do campo e amêndoas.
O sabor revela um bom corpo apoiado por uma acidez na medida certa.
Costumam apresentar um baixo teor alcoólico (12 %).
Deve ser consumido em 4 anos da safra.

Melhores Safras (nos últimos anos)
- 2007 (ótima)
- 2005 (ótima)

Vinhos à Venda no Brasil
Gosto muito do produtor Franz Haas. Ele é um dos mais tradicionais da região do Alto Adige (a vinícola data de 1880) e fabrica vinhos de altíssima qualidade e baixa produção.
Quem importa Franz Haas para o Brasil é a Decanter.
Vale a pena!

Saiba Mais
O Pinot Bianco Alto Adige é regulamentado como DOC. Outras regiões produtoras são:
Alto Adige Terlano
Alto Adige Valle Venosta
Trentino
Trento
Valdadige Bianco

Curiosidade
A cada Inverno, aumenta o número de ofertas de passeios guiados nas montanhas usando a “raquete de neve”. Na região do Alto Adige existem várias opções.


As caminhadas duram cerca de quatro horas, mas vale à pena! As paisagens são encantadoras e é um ótimo exercício.

Links
Importadora Decanter: http://www.decanter.com.br/
Produtor Franz Haas: http://www.franz-haas.com/

Autora: Adriana Grasso
Contato: adriana.grasso@uol.com.br

Onde Segurar a Taça?

Segure a taça na haste ou na base, nunca no corpo do copo!



Por quê?
Nosso corpo tem temperatura de 36 graus e a mão aquece o vinho.
Outro fator: o cheiro da mão pode influenciar o aroma do vinho.

Autora: Adriana Grasso
Contato: adriana.grasso@uol.com.br

Em postagem anterior, prometi relatar algumas viagens que fiz em regiões vinícolas italianas.
Começarei por Valpolicella, no Veneto.



Partindo de Verona, passamos por Sant’Ambrogio di Valpolicella, San Pietro in Cariano e fomos para a cidade que usei como base, Fumane.
Em Fumane, visitamos a Azienda Agricola Allegrini situada na Via Giare 9/11. Para conhecer a cantina é necessário agendar por telefone: (+39) 045 6832060. O lugar é encantador mas, como chegamos perto do horário do almoço, a visita foi curta (hora do almoço é sagrada na Itália!).
O próximo destino em Fumane foi a Enoteca della Valpolicella (Via Osan, 45) que fica entre vinhedos numa antiga propriedade rural completamente restaurada. O local possui atmosfera rústica, um cardápio com pratos típicos e uma carta de vinhos muito especial com espaço para pequenos produtores locais. Fizemos, na ocasião, uma degustação horizontal de Amarone 1997.



Saindo de Fumane passamos por Marano di Valpolicella, um dos lugares mais bonitos da região, e de lá fomos para Negrar, na Azienda Agricola Villa Spinosa (Via Jago dall’Ora, 13).
Na Villa Spinosa, fomos recebidos pelo proprietário, Enrico Cascella Spinosa, que mostrou a cantina e explicou o processo de produção dos vinhos, principalmente do Amorone.



Visitamos também sua belíssima propriedade.



Naquela época (dezembro de 2003) eles não possuíam a ótima infra-estrutura de hospedagem que existe hoje.
Após esta visita, retornamos para a Enoteca della Valpolicella. Além do restaurante, eles possuem alguns simpáticos e bem estruturados quartos separados do local, onde é possível se hospedar. Jantamos e passamos a noite lá, embalados por vinhedos, ótimos pratos, aquele friozinho e muito Amarone, é claro!

Curiosidade
Degustação horizontal é feita com vinhos de diferentes produtores, mas todos da mesma safra.
A Villa Spinosa, em Negrar, oferece atualmente várias opções passeios e hospedagem.

Links
Turismo Valpolicella: http://www.stradadelvinovalpolicella.it/
Turismo Valpolicella: http://www.stradadelvalpolicella.com/
Produtor Allegrini: http://www.allegrini.it/
Villa Spinosa: http://www.villaspinosa.it/

Autora: Adriana Grasso
Contato: adriana.grasso@uol.com.br



Características
Uvas utilizadas: 100% primitivo.
Vinho tinto com cor vermelha escura e reflexos laranja com o envelhecimento. Aroma com notas de cereja, morango e especiarias.
O sabor é fresco e equilibrado. O corpo mineral é balanceado com finos taninos.
Geralmente apresenta teor alcoólico alto (14,5 %).
Deve ser consumido em 5 ou 6 anos da safra.

Sobre a Uva Primitivo
De origem incerta, sua introdução na Puglia foi conduzida provavelmente pela colonização dos fenícios.
O Primitivo tem um DNA muito parecido com a uva Zinfandel.
A produção é de quantidade elevada mas de qualidade inconstante.

Melhores Safras (nos últimos anos)
- 2005 (ótima)
- 2003 (ótima)

Vinhos à Venda no Brasil
O meu favorito é o Primitivo di Manduria DOC Ognissole do grupo Feudi di San Gregorio (importado pela World Wine).
Eu recomendo!

Saiba Mais
Os DOC mais conhecidos são:
- Primitivo di Manduria
- Gioia Del Colle Primitivo Riserva
A uva primitivo é usada na fabricação de outros vinhos, como Gioia Del Colle Rosso DOC (que leva de 50 a 60% desta uva na sua composição e os outros 40 a 50% podem ser montepulciano e/ou sangiovese e/ou negroamaro e/ou malvasia nera).

Curiosidade



Esta pequena porta dá acesso à famosa "Enoteca del Primitivo", localizada no Centro Histórico da cidade de Manduria. Eles comercializam mais de 4.000 rótulos, a grande maioria composta de vinhos da Puglia.

Links
Enoteca del Primitivo: http://www.enotecadelprimitivo.it/
Importadora World Wine: http://www.worldwine.com.br/
Produtor Feudi di San Gregorio : http://www.feudi.it/

Autora: Adriana Grasso
Contato: adriana.grasso@uol.com.br



Com a pequena faca do saca-rolhas, remova a parte superior da cápsula.
Limpe, se necessário, o gargalo da garrafa com um pano e depois coloque a haste helicoidal no meio da rolha. Gire o saca-rolhas até o final.
Não se esqueça, quem gira é a mão, e não a garrafa!
Utilize a alavanca lateral para apoio e retirada da rolha.

Curiosidade
Existem vários tipos de saca-rolhas no mercado. Alguns podem facilitar bastante o processo de abertura da garrafa, mas quem trabalha regularmente com vinhos prefere o mostrado na figura acima, conhecido no Brasil como "modelo sommelier" ou "amigo do garçom".

Vídeo
Encontrei no YouTube um vídeo simples e didático, em inglês, mostrando este processo - "How to Open a Wine Bottle - CHOW" (duração de 1 minuto e 10 segundos):
http://www.youtube.com/watch?v=JcRraFJwLPo
Coloquei no meu Canal do YouTube a parte deste vídeo, sem som, mostrando a abertura da garrafa (duração de 37 segundos):
http://www.youtube.com/watch?v=rD1H7vNvrLc

Adriana Grasso
Contato: adriana.grasso@uol.com.br



Características
Uvas utilizadas: 100% Nero d’Avola.
Vinho tinto com cor vermelha rubi e nuances violetas. Aroma amplo e intenso de frutas vermelhas, principalmente cereja.
O sabor é seco, ácido na medida correta e ligeiramente tânico.
Costumam apresentar teor alcoólico elevado (14 %).
Deve ser consumido em 5 ou 6 anos da safra.

Sobre a uva Nero d'Avola
Também é conhecido com o nome de “calabrese”, talvez pela antiga proveniência da uva ou, mais provavelmente, seja uma tradução errada do dialeto siciliano ("cala" significa uva e "aulisi" indica a região de Avola que fica na província de Siracusa).
O Nero d’Avola é conhecido como "O Príncipe da Viticultura Siciliana" e atualmente é um dos vinhedos mais difundidos na região. No passado, esta uva era utilizada para corte, inclusive sendo bastante exportada para a França.
Possui elevada quantidade de açúcar e acidez na medida certa produzindo vinhos perfumados, frutados e robustos.

Melhores Safras (nos últimos anos)
- 2008 (excelente)
- 2006 (ótima)
- 2005 (ótima)

Vinhos à Venda no Brasil
O meu favorito, Nero d’Avola do Feudo Arancio, deixou de ser importado.
Experimentei na Itália dois agradáveis vinhos do produtor Tasca d'Almerita: o Regaleali Nero d'Avola Sicilia IGT 2006 e o Lamùri Nero d'Avola Sicilia IGT 2005. Lendo o catálogo da importadora Mistral, encontrei o Regaleali 2006 Tasca d'Almerita.
Tente provar!

Saiba Mais
Os vinhos 100% Nero d’Avola são geralmente vendidos como Sicilia IGT.
A uva faz parte da composição de alguns vinhos DOC sicilianos pouco conhecidos no Brasil, como Sciacca Nero d'Avola (mínimo 85% de Nero d’Avola), Santa Margherita di Belice Rosso (20 a 50% de Nero d’Avola), Sambuca di Sicilia Rosso (50 a 75%).

Links
Importadora Mistral: http://www.mistral.com.br/
Produtor Feudo Arancio: http://www.feudoarancio.it/
Produtor Tasca d'Almerita: http://www.tascadalmerita.it/

Autora: Adriana Grasso
Contato: adriana.grasso@uol.com.br

Rolha Sintética



A qualidade da tampa é muito importante para a o vinho engarrafado.
Comumente, a encontramos de dois tipos:
- rolha de cortiça
- rolha sintética

Muitas pessoas entortam o nariz quando vêem um vinho com rolha sintética.
Particularmente, não vejo problema com esta solução encontrada por alguns produtores como alternativa para as rolhas de cortiça, que estão cada vez mais caras e apresentam risco de conter fungos e estragar o vinho, o que ocorre em cerca de 5% delas.

Mas, cuidado: a rolha sintética serve somente para os vinhos que já saem prontos para consumo das vinícolas e não precisam de estágio de envelhecimento na garrafa, isto é, para vinhos que devem ser consumidos jovens.

Links
Fabricante de Rolha Sintética na Itália: http://www.intercork.it/

Autora: Adriana Grasso
Contato: adriana.grasso@uol.com.br


 

Vinhos Italianos por Adriana Grasso